Casamento Comunitário acontece em julho com novo formato

  Fundo Social de Solidariedade

Texto: Marco Borba
Imagens: Arquivo Secom (edição 2019)

Embora a pandemia do coronavírus tenha mudado a rotina e adiado planos de milhares de brasileiros, em Osasco a realização do sonho da união matrimonial está garantida com mais uma edição do Casamento Comunitário no dia 22/7, das 14h às 17h, na Sala Luiz Claudino (antiga Sala Osasco), no Paço Municipal. Ao todo, 115 se inscreveram, mas apenas 51 casais participarão de ato simbólico de entrega de presentes.

A exemplo do ano passado, este ano não haverá cerimônia com a presença de familiares e convidados dos noivos. Para manter os protocolos de distanciamento social, a entrega dos brindes de casamento acontecerá com intervalos de dez em dez casais para evitar aglomerações.

Os casais que participarão do Casamento Comunitário já consagraram a união civil em cartório este ano (as despesas são pagas pela Prefeitura). Alguns deles já contam as horas para julho chegar e com ele o ato simbólico do Casamento Comunitário, que já se tornou um marco na cidade.

É o caso da cozinheira Audrey Moreira Maurício Amado, 44, e do condutor Alex Maurício Amado, 51, que vivem juntos há 17 anos, e oficializaram a união em cartório no dia 12 de março deste ano.

Eles moram na Vila São José, zona Norte da cidade, e têm uma filha, de 8 anos. Ambos já tinham filhos de relacionamentos anteriores. Todos já são maiores e não moram mais com os pais.

Segundo Audrey Moreira, a oficialização do casamento só não ocorreu em anos anteriores por questões financeiras. “A vida nem sempre foi fácil, aí nasceu nossa filha e as prioridades passaram a ser outras. Agora estamos felizes por realizar esse sonho. Essa ação da Prefeitura é um gesto muito generoso. Ajuda muitas famílias que não têm condições de arcar com os custos”.

Ainda de acordo com a cozinheira, a oficialização do casamento põe fim a uma espécie de estigma social. “Em algumas ocasiões fui procurar emprego e passei por constrangimentos em entrevistas quando perguntaram se eu não era casada. Senti que aquilo parecia um impedimento para conseguir a vaga. É uma situação bastante incômoda. Agora a minha vida se transformou (com a oficialização do matrimônio)”.

Além do casamento, Audrey celebra uma outra vitória nesses tempos de pandemia, o fato de o marido tem encontrado emprego como condutor funerário. “Tínhamos um bar pequeno e vendíamos refeição no almoço (ela mesma preparava a comida), mas veio a pandemia e tivemos de fechar, porque não deu para continuar pagando o aluguel do estabelecimento e outras despesas. Tive de me reinventar e passei a fazer bolos e salgados para vender sob encomenda. É o que tem ajudado a sustentar a casa desde o ano passado. Agora meu marido arrumou emprego e estamos retomando nossas vidas, graças a Deus”.

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